domingo, dezembro 16, 2007

* Uma homenagem merecida *


Sei duma pessoa
Curiosa pela vida
Que lhe sabe dar
O valor
Que ela precisa

Sendo leve
Não é pequena
Caminha na estrada
Da vida Serena

Sabe que a vida
Tem cores
E dissabores
Brinca com elas
Descobre valores

Tantos valores
Se lhe levantam
Porque pensou
Porque acreditou
Porque viveu

Sempre soube
Que crescer
É viver
Vive para crescer
Cresce por viver



E haveria mais para se dizer de uma pessoa que há medida que conheço melhor se revela com uma alma tão grande capaz de abarcar tantos afectos, tantos conhecimentos sobre si, sobre os outros, sobre as coisas e que tem um sentido tão humano e tão pessoa que se vê em cada minuto que dispensa a quem ouve, escuta, na sensibilidade com que escreve os seus textos, na simplicidade e humildade com que encara a vida com um sorriso (mesmo quando se sente cansada e magoada com algo). É a melhor amiga dela mesma e a melhor amiga que alguém pode ter ;) Trata tão bem dos outros como a si própria =) E não é preciso dizer que estou a descrever a moquinhas, pois não!

quarta-feira, dezembro 12, 2007

Pézinhos de lã... num sonho de veludo


Tão pequena
Que grande se tornará
Alinhavo de esperanças
De quem a sonhará

Dorme frágil
Num embalo de mãe
Que perdeu há muito as horas
No vai e vem
Quente de ternura
Por quem de bem

Ela ainda não sabe
Que nome tem
Dorme no colo
De sua mãe,
Num sonho que não sabe,
Que sonho tem

(A propósito das conversas de MSN com a
mestra moquinhas, este poema que escrevi há já algum tempo, não podia ser mais a propósito... e pronto decidi postar este e não um dos muitos outros poemas que já escrevi e ainda não postei.)

segunda-feira, novembro 26, 2007

Que haveria de dizer...


Nunca falei sobre mim
Porque haveria muito que falar
Tanto como as vezes
Que me desdobrei
Para me encontrar

Já me encontrei perdida
Já me rabisquei no papel
Que não soube desenhar
Envolto na maresia
Do sempre sonhar

Hoje decidi ser eu,
Amanhã também
Entre o incerto
E a certeza
Serei levemente alguém
Num meio de ninguém

Fiel trabalhador
Que chama dono
O viver
Faz das horas
Seu salário
A receber

sábado, novembro 10, 2007


Caminhas a passos largos
Vêm apressados,
Mas não têm pressa
Do meu encontro

Se te encontro
Nem te perco
Nem te deixo
Quero-te apenas junto a mim
Sussurro de um beijo

Foste suave
Qu’inda não foste
Levo-te guardado
Onde estás
No lugar
Que não soube desvendar
Na alegria
De te ver chegar


(Já há bue que ando pa postar os poemas todos que já escrevi, devo ter para ai uns 5 ou 6 que queria postar, mas depois pa não dizerem que sou bruta, que ou me farto de postar ou não posto nada, isto vai assim a conta gotas looool E ah k ir fazendo "render" o peixe loool enquanto não se tem tempo pa escrever mais uns poemazitos, que isto agora de tempo... Ai se eu fosse como Deus, bastava so dizer "DEIXAI VIR A MIM AS CRIANCINHAS" Pronto foi só um desabafo bah)

quarta-feira, outubro 31, 2007

Mais um poema que fiz...



Se escrever me bastasse
Calaria o som da palavra
Pontuaria de exclamação
Esse pequeno desassossego
Do coração

Se ler te bastasse
Sorririas radiante
Do teu engano constante,
Ignorante
De quem procura a palavra
E não olha
Esses olhos meus

Sendo meus,
Sendo teus,
De relíquias e sonhos,
Como quem conta tesouros
Sem saber que se perdeu
No conto
Que essa palavra não deu

segunda-feira, outubro 29, 2007

Sorrisos Escondidos

E quando dá a melancolia, nada como rever velhos tempos, decidi abrir a caixinha para ver que sorrisos tinha guardado lá dentro. :)












15 anos



10 anos

10 meses ( eu sou a da direita)













eu e o meu afilhado ( 9 anos)
eu e os meus avós e a mana (eu sou a da esquerda)



eu e o meu padrinho (12 meses)

quarta-feira, outubro 17, 2007

Ai a rotina!


Ás vezes o dia é uma rotina constante, separo-me de mim não sei quantas vezes por dia. Separar de mim e rotina parece um pouco contraditório não é?! Mas não, é que eu separo-me de mim todos os dias para ser as mesmas coisas, os mesmos bocados que disperso, disperso e disperso, num tempo que dizem, não volta atrás... E não é verdade que todos os dias nos separamos de nós para ser as mesmas coisas, os mesmos pedaços dispersos. Porque sermos nós é ter alma e calma. Quando temos que fazer muita coisa ou queremos fazer muita ou até imaginamos simplesmente na nossa cabeça que temos (a chamada “tempestade num copo de água” ou como lhe quiserem chamar), metemos dentro da cabeça a palavra fazer e que temos que fazer, separamo-nos de nós. Porque normalmente fazer hoje em dia é sinónimo de mecânico. Esquece-te de ti e trabalha, faz-te à vida...Em vez da vida te fazer bem, tu é que a fazes bem, até a fazes é bem lixada! Bem e porque é que isto me soa a rotina! Ai soa, soa. Se nos dessem mais tempo para pensar isso sim é que não é rotina. Porque fazer fazemos mais ou menos tudo o que os outros fazem, mas pensar da mesma forma que os outros já não. Quanto muito, partilhar algumas idéias. E o nosso interior nunca é uma rotina ;)
No fundo o que eu quero (ou penso neste momento) é não separar-me de mim e ficar comigo...Bem e isto sou eu a pensar na vida, coisas cá da minha cabeça...

segunda-feira, outubro 15, 2007

Escrever d'alma


De pequenas histórias
Se faz um livro
Num livro
Se escreve
Tanta vida

No papel a história
Da mente de quem escreve
Memória,
Imaginação
Personagens que saltam
Brilho de quem as sonha

E de repente
Se faz grande
Quem as lê
Lê-as com o seu mundo
Outro ainda,
Que não conhece,
Por ser gigante
Seu novo mundo


E este poema que fiz só poderia ser para quem!? Para a mestra moquinhas, porque gostou deste poema e porque tem a ver muito com ela ;) E o nosso mundo torna-se sempre mais gigante quando convivemos com pessoas k têm muito lá dentro e transbordam muito do que têm lá para fora, em pequenos textos que preenchem a nossa imaginação.

segunda-feira, outubro 08, 2007

(Assim à primeira vista estes quatro textos que se seguem podem parecer um bocadinho extensos. Mas, não é, isto são aquelas coisas que uma pessoa vai pensando e reflectindo, a única diferença é que eu passei algumas dessas mesmas coisas que pensei para aqui, em texto.)


Tem graça, nós quando estamos vivos teimamos em complicar a vida. Gostamos de achar que somos estranhos, que temos muitos problemas, que no fundo somos como fios que se cruzam e entrecruzam, que a nossa vida é como uma espécie de sistema circulatório em que o sangue percorre veias, artérias, capilares, etc... e o coração é a “bomba” principal que o faz circular ( é ele essencialmente vah).
A nossa vida também é assim complexa como a nossa “rede” onde percorre o sangue e a vontade de viver ou a esperança de dias melhores normalmente é a bomba principal.
Eu disse que a vida era complexa! Lá está, até deve ser... mas quando morremos torna-se demasiado simples: Nascido a tal, Falecido a tal. (Com um pouco de sorte talvez ainda se tenha direito a ter uma foto, para que conste para a posterioridade que nós no fundo até éramos umas pessoas apresentáveis!)
Lembro-me desde pequena, quando ia ao cemitério ver o meu pai que por vezes me punha assim a olhar para as campas à volta e pensava cá para mim qual seria a essência de cada corpo que ali estava. Será que aquela pessoa era desta ou daquela forma! Que pessoa estava ali!
Para se ser humano basta ter corpo de Homem, mas para se ser Pessoa é preciso ter alma, a essência. E é isso que eu gosto de descobrir, de adivinhar, de perceber, de desmontar, de tentar perceber... a essência de cada um, aquilo que nos torna únicos. É por isso talvez que gosto tanto de ouvir e de ficar no meu canto a observar... não sei, também isso agora não interessa, mas é um bocadinho desagradável eu diria, negarem-se a possibilidade de ser, ou melhor de ter sido uma Pessoa, quando morrer! Porque todos nós aprendemos uns com os outros, é assim que também nos expandimos mentalmente, e pronto, penso nisso... em tantos pensamentos, tantas idéias, tantas essências que se perderam com os corpos que estão ali a decompor-se... é que ali estão pessoas chiça!
Mas pronto, diz que é assim... é mesmo assim, não há nada a fazer, mas já que têm que nos “resumir” de alguma forma quando morrermos, ao menos que fizessem um “resumo” mais completo loool
Enfim, no que às vezes me ponho para aqui a pensar, tristeza!


Cultura


Para mim existem dois tipos de cultura, a cultura material e a cultura do eu. A cultura material é aquilo que conhecemos das coisas ( música, notícias, filmes, etc...) e a cultura do eu é aquilo que conhecemos da nós e dos outros, aquilo que tentamos descobrir de nós e dos outros. É aquela coisa “chata” de pensar nas acções que fazemos e que os outros fazem de modo a tentar desmontar o “puzzle”.
Eu gosto de pensar na cultura, na minha definição de cultura dessa forma. Gosto dessa concepção de duas culturas.
Eu valorizo tanto a cultura material como a cultura do eu, mas a idéia que tenho é que nem toda a gente valoriza essa cultura do eu, essa auto-crítica. É por isso, que eu defini cá para mim que essa tentativa de nos auto-conhecer e conhecer os outros também é cultura, a cultura do eu! Ela alarga os horizontes... eu cá se puder, quero sempre manter essa minha cultura do eu, de outra forma seria estar a fechar-me a mim e aos outros. Eu queria dominar-me, eu até me queria perceber, vejam lá! Mas, tal como na cultura material, por mais que a gente saiba muito, ou tente saber, nunca sabemos tudo, vamos sabendo, vamo-nos surpreendendo.
A minha tentativa por me perceber diz-me algumas coisas... diz-me ultimamente que sou uma pessoa de extremos, que preciso dos “arranhões” da vida, que preciso chorar, que preciso rir, que preciso tentar, que preciso lutar, que preciso ser forte, que preciso confiar, que preciso gostar, que preciso saber mais de mim e dos outros e que por mais que me vou conhecendo e conhecendo os outros, vou-me interrogando e questionando. Há que ir fazendo umas “actualizações de conceitos”. É que a gente vai querendo meter os rótulos para a casa ir ficando arrumada e nem sempre é fácil, nem sempre estão no sitio certo. Eu por exemplo, em certas situações posso considerar que sou tímida, que sou quase sempre tímida, mas imaginemos que me surge uma situação assim “teste” do tipo “ou tudo ou nada”, ganho força e nessa situação não fui tímida. Será que isso não põe em causa o meu rótulo “tímida”? (Vocês vão dizer que nesse exemplo que dei foi uma situação pontual, mas imaginemos que não tinha sido). Eu posso sê-lo mais numa situação que noutras... É muito difícil tentar definirmo-nos e tentar definir os outros porque como disse lá no meu Hi5 (Já não me lembro do que disse com exactidão mas...) quando nos inserimos numa determinada definição (por exemplo tímida) estamos a correr o risco de nos estarmos a inserir nessa definição por excesso ou defeito! E eu, enfim, não estou aqui para enganar ninguém, nem a mim própria que era chato! Além disso, ainda me processavam por publicidade enganosa looool Eu apenas quero é pensar sobre mim, sobre os outros e claro, lá vou eu recorrer aos “rótulos”, mas eu sinto necessidade de me analisar e analisar os outros. Nisso eu sou curiosa vah... é que eu como costumo dizer, eu sou uma inculta, mas das coisas materiais, nisso é que eu nunca sei nada looool sou uma desinteressada ( por isso admiro e valorizo as pessoas que o são ah e já agora aproveito o que têm para me mostrar eheh). Sempre foi mais provável perder-me antes nos meus pensamentos e aqui nas minhas divagações (coisa que faço neste momento), na minha cultura do eu. Há quem tenha o dom de se “perder” entre estas duas culturas, mas eu coitada, pendo mais para este, o do eu!
Estou para aqui a tentar partilhar o que penso com as outras pessoas (coisa que até não costumo fazer por vergonha, mas como estou a escrever não “dói” tanto looool).
Agora decidi contrariar um pouco a minha tendência natural e dizer algumas das coisas que penso, o que vai cá dentro... porque de certa forma estou, também à espera de ser contrariada e de ouvir as opiniões das outras pessoas, o que pensam :P ;)

Compreender vs Aceitar


Muitas vezes a sensação que tenho é que se confunde a palavra aceitar com compreender.
Eu posso aceitar muita coisa que no fundo não compreendo e posso compreender muita coisa que não aceito.
Posso aceitar uma idéia oposta à minha, mas no fundo não a compreendo. Aceito porque dá “jeito”, é mais fácil ou tem que ser. E vice-versa.
Para mim aceitar é a acção exterior, o que fazemos exteriormente e compreender, é aquilo que se passa interiormente, que está ligado à nossa mente, ao interior. É como a diferença entre comportamento e atitude. O comportamento é aquilo que fazemos, a atitude é o que está por trás daquilo que fazemos.
Um dos grandes problemas da sociedade é aceitarmos muita coisa e compreendermos pouco aquilo que aceitamos. É fácil aceitar exteriormente a diferença de outra pessoa, o mais difícil é compreender essa diferença que existe. É por isso que talvez agente seja muitas vezes tão preconceituosos, apenas colocamos o rótulo «Aceito».
E quando, por exemplo, nos criticam, quando nos magoam, quando nos pisam, nós por vezes aceitamos porque calamos, mas não compreendemos, se não, não sentíamos um conflito interior.
Mas não é que eu também confundo compreender com aceitar!? Elas até se confundem! Não sei se o que penso neste momento é o certo, se vou mudar de idéias (mudo frequentemente), mas se me perguntarem se prefiro que me aceitem ou compreendam, eu diria, compreender! A palavra aceitar deixa-me um pouco de pé atrás, porque muitas vezes, me parece o sinónimo de “aniquilar” outras vontades, subjugar... mas, também é preciso aceitar, mas não em demasia, ou pelo menos de tal forma que deixemos de ser quem nós somos...
E pronto eu já disse que confundo aceitar com compreender!? E para vocês, há alguma diferença? Qual?

Hoje em dia fica sempre bem dizer “ah e tal eu não me arrependo de nada”, “não mudava nada na minha vida”, eu pergunto, Será!? (E agora dizem “nós aprendemos sempre com os nossos erros” tiramos sempre uma “lição de vida”) Mas olha, eu também não me arrependo de nada, tenho apenas pena de não ter sido melhor, ou ter feito melhor. Sim, porque como eu disse há uns tempos numa espécie de texto que até publiquei aqui no meu blog, se não o tivesse feito não teria sido eu e eu, sou o resultado das coisas boas e más que fiz. Fiz porque na altura foi assim, porque ou pensei ou agi por instinto, olha porque era eu! Arrependo-me??? Tenho apenas pena, ou então não! Que esta coisa de dizer que fazemos as coisas boas e más porque éramos nós, também tem algo que se lhe diga! Até parece que é o mesmo que dizer, “desculpa lá, sabes, é que era eu, como tal não tenho a culpa, olha diz que foi o destino, ou a sorte... (Como quem diz na verdade, “Olha, até que foi mas é uma grande preguiça, olha a preguiça de viver, sabes isso, também me dá e a modos que depois não era giro tentar mudar e se disser que era eu sempre fica mais chique, filósofo e tal...” Fica sempre bem dizer que se é ou quer ser genuíno, mas e correcto, não!?
Estou para aqui a auto repreender-me!
E isto tudo para dizer que agente perde muito tempo com tretas , com o fica bem aos outros e à nossa consciência.

quarta-feira, outubro 03, 2007



Quero apenas que me deixem no vazio
Dele e só, minha casa
Pilar sóbrio
E solene
Escuro d’alma
Da minha desgraça

Quero apenas não sentir
Cheiro a morte
Cheiro a vida
Em um deles
Não tenho saída
Porta d’alma,
Que já foste esquecida!

Com quantas fechaduras
Poderei trancar a porta!?
E quantas chaves
A poderão abrir

Apenas uma,
A esquecida...


(Voltei a tentar escrever um poemazito XD Temos k ir variando não é verdade looool)

terça-feira, setembro 11, 2007


Quanto vale o nosso amor? Tem preço? Sim, que preço tem? Tem o preço que vale o teu sorriso, os teus beijos, o que dás, o que dou, o que nos damos. Nós que somos crentes do amor, não porque sempre acreditámos nele, mas porque sempre lhe saberemos chamar de amor. E eu confesso, nem sempre acredito em nós. Ás vezes gritamos e nessas alturas nem sei se o meu coração ainda bate. Não o consigo ouvir nem sentir.
Temos altos e baixos, mas que importa, em todos eles sempre nos temos. É contigo que partilho os meus dias, não por hábito ou comodidade. Sem ti, eles não seriam iguais! Quem pintaria de cinzento o sol e as nuvens de amarelo, quem me confundiria os sentidos, quem os trocava e depois junto a mim lhes buscava um sentido, outro, talvez até o mesmo, confuso amor! Quero-te bem perto de mim.
Se te faço exigências, faço. Ás vezes não percebo a forma como nos sentes, como nos chamas...Têm o mesmo nome? Ás vezes parece que soa diferente! Não aceito, acuso-te de frieza, egoísmo, enfim, tanta coisa que já nem sei...Mas, tu também me acusas de muitas coisas. Não aceito, tal como tu pareces não aceitar. Se nos compreendemos, compreendemos. Sou diferente tal como sou igual a ti em muitos aspectos...cativas-me! Ainda te consigo ver reluzir dentro do teu vestido preto que dispo com as minhas mãos. Ainda e sempre te quero, meu amor.

Não tive tempo, talvez um minuto, no qual não tive tempo de te segurar a mão e puxar-te de encontro a mim, um minuto em que as tuas lágrimas foram em vão, como tu te foste e eu não te segurei. Eu não te segurei... Eras pequena, maldito carro, ceifou-te a vida com a mesma rapidez com que ia e tu, foste. Tinhas uma vida inteira pela frente, escapou-se-te pelos dedos, nem sei se te doeu. Doeu? Aproximei-me de ti filhota como sempre fiz quando caias. Tu choravas, a mãe dizia « Isso já passa » , dava um beijo como fiz hoje. Isso, não mudou, apenas isso não mudou, só que hoje não sabia onde estavam as tuas lágrimas para as poder secar...foram talvez com o teu corpinho que já começava a arrefecer sobre o asfalto frio. Maldito carro, maldito carro. E hoje filhota sou eu que choro mas não foste tu que me fizeste um doi doi , não te portas-te mal. O carro fugiu, foi-se como tu te foste mas ele queria ir para longe, tu não. Nem eu te queria longe. Chiça, a falta que me fazes!

terça-feira, setembro 04, 2007

***


A verdade é que preciso de me alimentar da vida dos outros para não sentir fome da minha! Assim, sempre fica a barriga cheia ou onde é que raio se aloja a minha sensação de vazio. Roubo-te os medos e as preocupações porque, sendo tuas, nelas me vou saber situar...E eu não sei onde fica o meu medo, as minhas preocupações, apenas as vou sentindo próximas e sufocantes de mim, num lugar secreto que não conheço, talvez por as conhecer todas com o mesmo nome incerto que é tão certo na minha vida...Vazio. E como não há algo que o ocupe, ocupo-me de ti!
Pudesse, ainda, roubar-te-ia também as lágrimas, talvez me sentisse a viver dentro de mim.
E agora, dizes que sou egoísta, mas não sabias já que o egoísmo muitas vezes se mascara de virtude!



Este texto surgiu na sequência de uma leitura de um dos textos aqui da mestra moquinhas e também das nossas conversas ( talvez uma em particular).

segunda-feira, setembro 03, 2007

Alma na voz


Não consigo dormir. Serão insónias ou ânsia de quem esperou tanto por este momento!? Tenho que confiar em mim...Confio, porque amanhã caberão todas as cores da vida na minha voz e a minha voz cantará a música com quanta alma sentir, o transbordo de mim.
Estou nervosa! Quando estiver perante o júri ele saberá que é a vontade de uma vida!? E se falhar...E se a voz me doer! Pouco importa pensar nisso agora, amanhã serei a minha voz.
Estive a treinar a mesma música um dia inteiro, será que foi o suficiente? E se esforcei demasiado a voz! E se me esquecer da letra amanhã! E se, se não conseguir! Eu sei que é tarde, mas se pudesse treinava mais uma vez, só mais uma vez! Estou ansiosa, sinto-me insegura, afinal amanhã estará em jogo aquilo que eu sempre gostei de fazer, cantar.
Seja o que for que vai acontecer amanhã, será!


Foi-me pedido para escrever sobre este tema e como o prometido é devido e é para cumprir, aqui está ele! Devo referir que foi dificil para mim imaginar, não sabia mesmo o que escrever, mas pronto aqui está ;)

quarta-feira, agosto 22, 2007

Minha Pequena



Não tinha nome. O nome que se dão às coisas para chamarmos sempre por elas, quando nos apetece, quando nos lembramos. Uma forma de nos recordarmos que existem...têm nome. E eu, não tinha nome. Talvez, se tivesse, era flores, era chuva, era sol, era qualquer coisa de vida que habita nelas. Nunca tive nome, por isso, nunca me souberam chamar...agora esqueceram-me. Sou nada em um pouco de tudo. Acreditas em mim! Então, porque estendes a mão na esperança que te conserve, minha pequena inquieta. Não sou as tuas respostas. Por não ser nada sempre fui um pouco de tudo, a vida que chamas com muitos nomes de incerteza.
Por seres feita à minha imagem, não te fiz perfeita? Se te fizesse perfeita, matar-te-ias para que os outros homens te olhassem, fieis servos, de um mundo onde não pequei!?
Porque me procuras fora de ti, como se não estivesse em ti, minha pequena? Porque achas que és o barro por modelar, por colar...serei eu o teu escultor? Faz das tuas mãos, onde ainda corre sangue quente de vida, o teu escultor. Nelas, ainda habita um pedaço de vida que nós somos. Molda com elas aquele que por não ter nome certo, tem tantos nomes, a alma, a mente, o interior de nós.


(Este texto surgiu na continuação do outro que escrevi anteriormente, acaba por ser uma espécie de resposta à personagem do outro texto.)

domingo, agosto 19, 2007

Deus



Pudesses tu colar os cacos mortos do meu corpo, dar-lhe-ias a forma da vida que não coube em mim? Tu a quem te chamam Deus, saberias dar-me o dom de ser filha, cria perfeita, imagem do teu ser? Ou, as tuas mãos estão cansadas do barro, a minha carne! Parece-te sujo, parece-te dificil de moldar? Se és eterno, fonte de bem, o infinito, o quente, o colo, o conforto, o perdão, a perfeição, se fui feita à tua imagem...esqueceste-te de passar do rascunho para o projecto definitivo, esqueceste-te que o barro estala, parte!?
O que é a vida, senão o contrário de morrer! Fecho os olhos...mais um pedaço de mim que foi...Faz-me algo!
Ontem, hoje, foi mais um dia, mais uma mágoa, mais uma esperança, mais uma lembrança, menos um tempo...passou, sentiste-o passar? Tempo é coisa que não te falta, oh Deus Omipotente, saberás tu aproveitá-lo todo!? Cola-me os cacos se ainda há tempo, se tens tempo. Sorris. Agora durmo. Sonho. Nele, ainda empurras o baloiço que me faz viver.



Este texto escrevi eu num intervalo de leitura do livro “Fazes-me falta” de Inês Pedrosa, livro esse que gostei muito de ler ;) E que me foi aconselhado (e muito bem) aqui pela mamã (que me emprestou o livro eheh) e pela mestra ;)
Ah e desta vez não escrevi no telemóvel, imaginem lá, foi num POSTAL, não perguntem porque...pobrezas da vida looool

quinta-feira, julho 12, 2007

Pequenas & Poderosas


Os amigos não se contam,
Mas contamos sempre com eles
Para deixar cair as lágrimas
Em porto seguro,
Um abrigo acolhedor

São o apoio
Dizem que o pilar da vida
Mão segura
Quando a vida te parece
Demasiado escura

Alegrias que não se dividem
Por se partilharem
Piadas sem sentido,
Sorrisos sem história
São cada momento,
A nossa glória

Juntas vencemos,
Juntas perdemos
Só por ser Skip
Já mostramos o que valemos!


Bem, não sei se ficou bem...foi o melhor que consegui fazer (e esmerei-me), que a mamã e a mestra já mereciam um miminho e um agradecimento por aturarem pulgas, que às vezes até amuam e são chatas, vah mas as vezes também são meninas bem comportadas eheh Gosto muitoooo de vocês =)
De referir ainda a vossa qualidade a fazer trabalhos e a escrever.
E segundo ano aí vamos nós (é pena k com duas disciplinas em atraso, parece-me...não hade ser nada :S )

quarta-feira, julho 04, 2007

***



O tempo desaparece
Mas que não te leve
Ficamos sós
Somente nós dois
Sem história
Com ilusões

Ser feliz inconsciente
Pular barreiras contente
Sentir-te em mim mais que presente
Dá-me a mão...
Seguiremos sempre em frente

Vives nos sonhos
Realizados
Não me contas as histórias
Que já ouvi,
Que nunca senti...
Por isso, fica


(Depois de ver a desgraça das notas nada como publicar uma espécie de qualquer coisa looool que agora lá vou ter eu que retomar o estudo :s Esta vida de estudante está a dar cabo de mim la la la)

sexta-feira, junho 29, 2007

Tesourinhos Deprimentes




Se formos felizes a nossa vida será curta, mas se formos infelizes a nossa vida será longa.
Se formos felizes temos medo da morte, mas se formos infelizes temos medo da vida.



Talvez um dia quando for cega aprenda a olhar, quando for muda decida falar, quando for surda tente escutar...



Os sonhos fazem o projecto que as mãos realizam.



A vontade é o grande alicerce da vida e as mãos o seu melhor trabalhador.



Todos os dias preencho uma Página
Com as mesmas palavras
Cansadas, repetidas
Já tantas vezes vividas

A tinta é a mesma
O papel igual
As palavras não se criam
Porque já existiam

Escrevo um livro
Por escrever
Onde todas as palavras são uma só...
E cada página se vai repetindo
Como um espelho vai reflectindo
Sempre a mesma imagem


(Decidi ir ver também algumas coisas que tinha no baú, uma vez que últimamente não me ocorre nada para escrever. Espero não ser processada por plágio de ideias...um pokito de mesericórdia vah!)

terça-feira, maio 29, 2007

Desafio Aceite

hora do dia... 15:45 (hora a que nasci)
astro... Lua
direcção... não sei, a minha bússula nunca indica o norte ou melhor, indica desnorteada lool
móvel... caminha
líquido... água, leitinho (que é por causa de crescer, diz que tem calcio e faz os ossitos mais fortes)
pecado... Teimosia, orgulho, exigência
pedra... pomes (tão leve como eu!)
árvore... Pereira (Porque enfim, parece que consta no meu B.I)
fruta... Frutos Vermelhos: morangos, cerejas
flor... malmequer
clima... quente
instrumento musical... Bateria...gostava de saber tocar ;)
elemento... água, ar (ou não andasse eu sp distraida, no mundo da lua), terra...
cor... amarelo, laranja, verde
animal... uma pulguinha, pequenina e fofa (pronto a parte da fofa é dificil)
som... dos pássaros a cantar, do mar, da chuva (tem dias)
música... Íris
estilo musical... depende de cm m sinto
sentimento... saudade
livro... ficam bem numa prateleira
comida... eu nem como ao que parece, dizem loool
gosto... não gosto de coisas mto doces
cheiro... a orvalho da manhã, qualquer coisa suave
palavra... sonhar
verbo... lutar
objecto... uma caixinha cheia de fotografias, histórias, ...
peça de roupa... Tudo o que seja roupa de Verão
parte do corpo... Boca...
expressão facial... sorriso.
desenho animado... Sylvester (Silvia Sylvester loool)
um filme... de comédia (que adoro rir das minhas tristezas e das piadas dos outros :P), Ah e o Drama tb n podia faltar (pk enfim até sei dramatizar)
forma... a minha estranha forma de ser
número... 7, 9
estação... Verão
frase... “É como o Skip: pequenas e poderosas, não há nodoa que resista!»
“Vida de escrava é difícil”

quinta-feira, maio 03, 2007

***




Como uma flor a desabrochar, abri as minhas pétalas para sentir a luz do sol. Não procurei a tua orientação inquebrantável que me tenta proteger com um broquel.
Fazes-me sombra e eu quero brilhar, sentir o pulsar da vida. Aquele pulsar que não se consegue ortografar, mas apenas sentir. E, eu quero sentir-me pequena, sozinha, feliz e irrequieta sob a luz do sol.
Ás vezes precisamos de solidão, de um tempo para nós, para apreciar a vida cá dentro. Eu não quero morrer dentro de mim fechada sem sentidos por isso, deixa-me sentir só, dá-me espaço.


Como parece que já não escrevia há algum tempo e como até me apetecia escrever qualquer coisa decidi arranjar uma forma original de encontrar um tema pa escrever um texto (já que não me surgia nada). Fui ao dicionário, fechei os olhos e pousei o dedo em cima de uma palavra qualquer, depois tentei fazer um texto com as palavras que sairam. As palavras que sairam foi: desabrochar, inquebrantável (rijo, sólido), ortografar (escrever correctamente), orientação e broquel (escudo pequeno, protecção, defesa). Confesso que até foi divertido independentemente do resultado final, à primeira vista havia palavras que parecia que não ligavam muito, mas pronto lá tentei conjugar. Teve uma certa piada. Pronto o que querem, cada maluco com as suas pancadas!

quinta-feira, abril 19, 2007

Desperta




Mete de uma vez os pés no chão. Deixa de ser a criança que sempre espera embalar-se nos meus braços. Eles não serão sempre largos para te abraçar e acolher quando te enganares no caminho. Deixa de chorar. Não te agarres a mim como um passarinho que não quer sair do seu ninho. Ele, já não é quente. Chegou a altura de partires e seguires o teu caminho. Se te enganares, corrige os teus erros sozinha, não quero ser mais a borracha que os apaga. E, não penses que não te amo... Há uma altura em que devemos dizer basta para que o meu amor por ti não se torne numa dependência que tenho de te proteger e que tu, tens de te sentir protegida. Quando cresceres perceberás que o amor não é uma dependência, uma necessidade que apenas se satisfaz quando se tem sede é, um estar, uma união em que não se está sempre à espera de receber e onde, no entanto, se recebe tanta coisa... Por isso, mete os pés na estrada, e quando contornares uma curva mais sinuosa ou uma subida mais íngreme , lembra-te que a algum lado irás sempre chegar desde que, não desistas de caminhar. Talvez, nos voltemos a encontrar no final da estrada. Quem sabe!? O tempo o dirá.




P.S: Este texto é dedicado à Mónica por três motivos: Primeiro, porque me deu conselhos para escrever textos que, tentei seguir. Espero ter passado neste primeiro módulo =) Afinal de contas eu escrevi este texto no telemóvel as tantas da matina (pk enfim foi qd m surgiu qq coisa loool). Segundo, porque mereçe, porque atura as minhas reflexões, quando preciso está sempre lá pa ouvir os dramas, os horrores, as tragédias da Silvinha e como a Ana costuma dizer é de facto uma pessoa belissima =) Em terceiro, e não menos importante, pelo contrário, porque escreve muito bem e eu gosto muito de ler os seus textos =)

Ah, devo referir que a história do texto não tem nada a ver com a Mónica, ok!? Foi imaginação, afinal tinha que escrever sobre qq coisa e foi isto que saiu :S

P.S: Esta é a primeira vez que ponho no blog uma foto tirada por mim. Gosto muito de ver fotos de paisagens e esta foto, diz-me algo, bem como, ilustra este texto. Não sei porquê, mas esta foto faz-me fazer a tal associação entre a estrada e a vida. Nós sabemos que um dia a “estrada” da vida vai terminar, não sabemos como termina, mas vai terminar ( sinto-me no dever de alertar as pessoas para este facto, podem ainda não saber looool). Tenho a certeza que ao longo da minha vida vão aparecer “curvas” mais dificeis de contornar, mas no fundo há que ter esperança, nunca se sabe se ao contornar essa curva e andar mais uns quilometrozinhos vou encontrar uma estação de serviço para recarregar baterias loool E, agente gosta de “andar”! Por falar nisso, li uma publicidade em que aconselham andar 8 km por dia! E vocês já fizeram os vossos 8 km hoje??? :P :P ;)

segunda-feira, março 26, 2007

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Deito-me sobre um campo de malmequeres selvagens que Deus beijou na forma de orvalho pela manhã. Perco-me entre o cheiro da terra e o cheiro do malmequer, e o cheiro da terra e o cheiro do malmequer perdem-se tantas vezes que se encontram misturados na natureza formando um só a que chamo ar puro, o doce orvalho da manhã... e cheira tão bem a vida! Ao mesmo tempo, ouço o canto, que julgo ser de pardais; cantam de alegria, pois hoje brilha uma linda manhã de sol. Voam alto no céu ou saltitam por entre os malmequeres. Quase que lhes adivinho uma certa indecisão por estes dois paraísos...
Sinto-me como se fosse um pequeno pedaço de natureza, uma pequena parte, que em conjunto com tudo o que me rodeia forma uma tela maravilhosa, cheia de cores quentes e saborosas de vida. E, como sabe bem viver!



( E que tal um Ambi Pur fresh cheirinho a malmequer, hein!? Pequenos génios... grandes ideias :P ;) ou talvez não loool )

quarta-feira, março 21, 2007

A Nu



Vi-te despida de artifícios, eras naturalmente bela, tão naturalmente tu. Quis perder-me no brilho dos teus olhos, mas encontrei-me na certeza de que queria ser teu. Se soubesses o que procurei por ti, o que caminhei... Agora que estás aqui, deixa-me segurar na tua tua mão, vamos dançar a mesma canção...Não fujas, nem tenhas medo, quando a meia-noite chegar e o sino tocar seremos sempre nós despidos de feitiços, mas cobertos de amor e luar... Tocam-se os lábios, aproximam-se as almas que segregam baixinho sentimentos de amor. Continuamos a dançar, somos tão patéticamente felizes, apenas descobrimos o amor, que os olhares indiscretos odeiam e invejam. Se eles, soubessem como não nos importamos, como apenas dançamos ao compasso do coração, que não conhece outras razões a não ser a razão de nos amarmos.



(Encontrei esta imagem com uma frase do Nietzsche, e não podia deixar de pôr aqui a ilustrar este texto, até porque o ano passado tive que gramar aqui com este meu caro “amigo” que devo dizer que era muito a frente looool Apesar de ter descambado um pouco com algumas ideias.)

quarta-feira, março 14, 2007

O Mundo Ideal




Anda, leva-me no teu tapete, leva-me onde os sonhos respiram a liberdade da imaginação... Faz-me sonhar. Não quero pisar mais esta terra tão gasta de tantas caminhadas. Faz-me acreditar, deixa-me voar contigo. Vamos descobrir novos ideais em castelos de nuvens que nunca se desmoronam. Cheios da essência de serem tudo e não serem nada. Qualquer coisa, simples, boa, feliz. Contar-me-às todos os segredos que eu já sei, mas não quis nem soube ouvir; porque o som das palavras era a voz do coração. Agora, agarra-me, segura-me com força que, juntos iremos tirar os pés do chão e alcançar o infinito que só os nossos corações sonharam.
Lá em baixo, queremos tanto apanhar o comboio que nos esquecemos de apreciar a viagem. Por isso, deita-te comigo sobre este tapete mágico, vamos descobrir um novo mundo, que nem as histórias sabem contar, mas sim os sentidos, que ainda não conhecem as palavras certas para se descrever.

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Casa




Eras importante, não porque me fazias lembrar algum traço fisico meu ou um traço da minha personalidade, mas porque eras tu, a minha pequena caspinha sempre com aquele sorriso inocente de quem não quer crescer. Eu tinha algo teu e tu tinhas algo meu, um coração cheio de amor, carinho e ternura.
Lembro-me das tuas pequenas mãozinhas a segurar um dos dedos da minha mão, dos passeios que dávamos, de te levar ao parque para te empurrar naquele baloiço que tu tanto adoravas e que eu empurrava como se te estivesse a querer ajudar a dar mais um passo na vida; era um avô babado!
Os teus olhinhos pretos não reflectiam a vida, eles eram a própria vida que ameaçava desvanecer-se.
Houve um dia, que te quis contar uma história como fazia todos os dias, mas tu adormeces-te num sonho que a vida não te quis mais embalar...agora, és saudade, um sorriso e uma vida que nunca vou esquecer.
Os outros dizem, pobrezinha, era tão nova, mas não sabem que a idade não se conta no calendário a cada ano que passa, mas em cada momento de vida em que sorrias e seguravas a minha mão, e esses anos foram tão eternos...ainda vivem.



Este texto foi escrito no norte e só pa variar no telemovel!
Caspinha é um nome fofo que o meu avô paterno me chama loool (não significa caspa, ok).
Quanto ao título, Casa: Cada casa tem os seus pilares, e cada ser humano também. Os nossos pilares são os nossos amigos, a nossa família, o/a namorado/a, que não nos sustentam, mas apoiam a nossa existência, dando um certo sentido a vida mesmo quando esta parece não o ter!
Há pessoas que nos marcam, mesmo não tendo convivido muito com elas. Obrigada a todos os meus "pilares"!

domingo, fevereiro 11, 2007

Ela sorria...


Sentava-se naquele cantinho do costume para ver se via a vida passar, aquela vida que sempre trasbordavas em cada sorriso, em cada palavra, em cada gesto, por vezes tão simples mas que sempre ficara em cada pensamento dela.
Olhar para ti era um prazer que ela não podia evitar, por isso, anciava sempre a tua chegada. Quando chegavas ela sorria, talvez fosse a forma dela dizer o que sentia! Por certo, pensava que as palavras não fossem precisas, se calhar era muda ou então, só tinha coração... quem poderia saber se cada um falava linguas diferentes!
Ás vezes, perguntava-me como podia ela apenas sorrir, porque é que ela não dizia o que sentia como toda a gente!?
Ontem, quando olhei para o cantinho do costume, já não estava lá, era tarde e partiu, levando consigo os segredos da sua vida... os segredos que ele nunca quis desvendar...


(Porque a chuva cai lá fora e cá dentro e visto estar a estudar TPG, ultimamente ando muito “emocionada”, “motivada” e chatiada porque enfim o Descartes cometeu um erro, “O erro de Descartes”, apeteceu-me escrever qualquer coisa sobre sentimentos, uma história sobre sentimentos que eu ainda não tivesse contado! Confesso que não gosto muito deste texto, mas o texto que se lixe porque me apetecia escrever e pronto (talvez para me distrair e não pensar que chove), além disso nem todas as histórias podem terminar num “viveram felizes para sempre”, a nossa veia masoquista e complicada assim não o permite, muito menos quando a chuva cai lá fora e cá dentro! Quanto à foto, talvez não seja a mais indicada mas achei que tava mto fofa.)

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Matemáticas da Vida
Vagueia bêbado pelas ruas como uma sombra nocturna que há muito não vê o dia. Procura algo no deserto da solidão, um carinho, uma mão, pois os copos perfumados de álcool há muito que não conseguem encher o seu vazio.
Antes tinha família, antes tinha amor, antes tinha o calor do álcool agora, tem o frio gélido da noite incapaz de preencher seja o que for.
A garrafa essa, ainda, tra-la consigo já tão vazia como a sua alma.
Vagueia, continua a vaguear... Os pés tão cansados de tanto caminhar...
Os sonhos depositou em cada copo que bebia, foram tão quentes, tão alegres, tão breves, mas partiram...
Sente-se em lado nenhum e em algum lado se deita, se cansa e dorme. Talvez amanhã seja dia, talvez amanhã faça sol e se a noite chegar quem sabe por certo virá polvilhada de estrelas e de luar!
(Pronto e é a tristeza que também me invade... não me deixa dormir e depois olha sai um texto escrito no telemóvel às tantas da manhã! Talvez seja apenas uma fase... era bom que sim! A vida é uma matemática constante, umas vezes multiplicamos, outras dividimos, outras somamos e outras subtraimos ... Eu ando numa fase muito "subtraída" looool. )
P.S: Isto é uma história inventada que eu não sou nenhuma bêbada, vamos lá a ver!

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Parabéns Pai!!!




Sinto Saudade
Do que nunca me recordei
Do que foi verdade
Enquanto sonhei

Recordo a tua ausência
Pois não me lembro da tua existência
Tão cedo partiste!
Nem me apercebi que exististe!

Será que me ouves?
Onde quer que repouses!
Será que me guardas?
Secas-me as lágrimas
Sorris,
Quando sou feliz?

Quando um dia for poeira
Vou chegar a tua beira
E dizer que sempre me lembrei
De quem um dia não recordei
Dar-te um abraço de filha
E dizer És meu Pai!

Se hoje estivesses aqui farias 44 anos! Parabéns!!!!!! Escrevi isto ha algum tempo, mas só hoje decidi postar aqui. Talvez tu até nunca tenhas sido o vazio de uma ausência, foste apenas uma recordação que nunca tive, prefiro acreditar que estás aqui e que nunca nos abandonas-te... por isso sei que onde quer que tu estejas podes ler o que escrevi. Talvez um dia nos encontremos, até lá vais permanecendo num cantinho chamado coração. Pronto, e não poderia terminar a minha homenagem sem mandar um grande, grande beijinho :)




domingo, janeiro 21, 2007

Estavas prestes a partir para sempre, ameaçando deixar o rasto da saudade... olhavas para mim com o olhar de quem se afasta, não porque quer partir, mas porque viver já não basta... chegou o tempo, o tempo sem segundos, sem minutos, sem horas, mas penosamente eterno.
Gostava de te poder agarrar a mim, não te deixar partir... fazes-me falta!
Enquanto contemplo os meus tristes pensamentos egoístas, cada vez te sinto mais distante. Foi nesse momento em que te segurava a mão, com a força de quem segura a vida, que te dei aquele que seria o último beijo. Nesse mesmo instante ajustaram-se as vontades, os desejos, as paixões, os sentimentos, as emoções, amortizaram-se tristezas na alegria de te sentir uma última vez.
Hoje, guardo esse momento em cada sorriso inconsciente, na lembrança que tenho de ti... recordo cada momento, cada sentido, cada emoção, cada paixão que me fizeste sentir, apenas ainda te AMO!

terça-feira, janeiro 02, 2007


Acredito porque sonho, realizo porque tenho mãos que constroem pequenos alicerces do meu grande empreendimento a que chamo viver.
As mãos são pequenas mas a vontade de construir ultrapassa a sua pequenez...
A vontade é o grande alicerce da vida e as mãos o seu melhor trabalhador.
Se não houvesse vontade de que serviriam as mãos! Serviriam de adereço!
Sinto o pulsar da vida nas minhas mãos e os meus sonhos com vontade de se realizarem... sinto-me viva, feliz, persistente... Acredito!