quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Casa




Eras importante, não porque me fazias lembrar algum traço fisico meu ou um traço da minha personalidade, mas porque eras tu, a minha pequena caspinha sempre com aquele sorriso inocente de quem não quer crescer. Eu tinha algo teu e tu tinhas algo meu, um coração cheio de amor, carinho e ternura.
Lembro-me das tuas pequenas mãozinhas a segurar um dos dedos da minha mão, dos passeios que dávamos, de te levar ao parque para te empurrar naquele baloiço que tu tanto adoravas e que eu empurrava como se te estivesse a querer ajudar a dar mais um passo na vida; era um avô babado!
Os teus olhinhos pretos não reflectiam a vida, eles eram a própria vida que ameaçava desvanecer-se.
Houve um dia, que te quis contar uma história como fazia todos os dias, mas tu adormeces-te num sonho que a vida não te quis mais embalar...agora, és saudade, um sorriso e uma vida que nunca vou esquecer.
Os outros dizem, pobrezinha, era tão nova, mas não sabem que a idade não se conta no calendário a cada ano que passa, mas em cada momento de vida em que sorrias e seguravas a minha mão, e esses anos foram tão eternos...ainda vivem.



Este texto foi escrito no norte e só pa variar no telemovel!
Caspinha é um nome fofo que o meu avô paterno me chama loool (não significa caspa, ok).
Quanto ao título, Casa: Cada casa tem os seus pilares, e cada ser humano também. Os nossos pilares são os nossos amigos, a nossa família, o/a namorado/a, que não nos sustentam, mas apoiam a nossa existência, dando um certo sentido a vida mesmo quando esta parece não o ter!
Há pessoas que nos marcam, mesmo não tendo convivido muito com elas. Obrigada a todos os meus "pilares"!

domingo, fevereiro 11, 2007

Ela sorria...


Sentava-se naquele cantinho do costume para ver se via a vida passar, aquela vida que sempre trasbordavas em cada sorriso, em cada palavra, em cada gesto, por vezes tão simples mas que sempre ficara em cada pensamento dela.
Olhar para ti era um prazer que ela não podia evitar, por isso, anciava sempre a tua chegada. Quando chegavas ela sorria, talvez fosse a forma dela dizer o que sentia! Por certo, pensava que as palavras não fossem precisas, se calhar era muda ou então, só tinha coração... quem poderia saber se cada um falava linguas diferentes!
Ás vezes, perguntava-me como podia ela apenas sorrir, porque é que ela não dizia o que sentia como toda a gente!?
Ontem, quando olhei para o cantinho do costume, já não estava lá, era tarde e partiu, levando consigo os segredos da sua vida... os segredos que ele nunca quis desvendar...


(Porque a chuva cai lá fora e cá dentro e visto estar a estudar TPG, ultimamente ando muito “emocionada”, “motivada” e chatiada porque enfim o Descartes cometeu um erro, “O erro de Descartes”, apeteceu-me escrever qualquer coisa sobre sentimentos, uma história sobre sentimentos que eu ainda não tivesse contado! Confesso que não gosto muito deste texto, mas o texto que se lixe porque me apetecia escrever e pronto (talvez para me distrair e não pensar que chove), além disso nem todas as histórias podem terminar num “viveram felizes para sempre”, a nossa veia masoquista e complicada assim não o permite, muito menos quando a chuva cai lá fora e cá dentro! Quanto à foto, talvez não seja a mais indicada mas achei que tava mto fofa.)

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Matemáticas da Vida
Vagueia bêbado pelas ruas como uma sombra nocturna que há muito não vê o dia. Procura algo no deserto da solidão, um carinho, uma mão, pois os copos perfumados de álcool há muito que não conseguem encher o seu vazio.
Antes tinha família, antes tinha amor, antes tinha o calor do álcool agora, tem o frio gélido da noite incapaz de preencher seja o que for.
A garrafa essa, ainda, tra-la consigo já tão vazia como a sua alma.
Vagueia, continua a vaguear... Os pés tão cansados de tanto caminhar...
Os sonhos depositou em cada copo que bebia, foram tão quentes, tão alegres, tão breves, mas partiram...
Sente-se em lado nenhum e em algum lado se deita, se cansa e dorme. Talvez amanhã seja dia, talvez amanhã faça sol e se a noite chegar quem sabe por certo virá polvilhada de estrelas e de luar!
(Pronto e é a tristeza que também me invade... não me deixa dormir e depois olha sai um texto escrito no telemóvel às tantas da manhã! Talvez seja apenas uma fase... era bom que sim! A vida é uma matemática constante, umas vezes multiplicamos, outras dividimos, outras somamos e outras subtraimos ... Eu ando numa fase muito "subtraída" looool. )
P.S: Isto é uma história inventada que eu não sou nenhuma bêbada, vamos lá a ver!

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Parabéns Pai!!!




Sinto Saudade
Do que nunca me recordei
Do que foi verdade
Enquanto sonhei

Recordo a tua ausência
Pois não me lembro da tua existência
Tão cedo partiste!
Nem me apercebi que exististe!

Será que me ouves?
Onde quer que repouses!
Será que me guardas?
Secas-me as lágrimas
Sorris,
Quando sou feliz?

Quando um dia for poeira
Vou chegar a tua beira
E dizer que sempre me lembrei
De quem um dia não recordei
Dar-te um abraço de filha
E dizer És meu Pai!

Se hoje estivesses aqui farias 44 anos! Parabéns!!!!!! Escrevi isto ha algum tempo, mas só hoje decidi postar aqui. Talvez tu até nunca tenhas sido o vazio de uma ausência, foste apenas uma recordação que nunca tive, prefiro acreditar que estás aqui e que nunca nos abandonas-te... por isso sei que onde quer que tu estejas podes ler o que escrevi. Talvez um dia nos encontremos, até lá vais permanecendo num cantinho chamado coração. Pronto, e não poderia terminar a minha homenagem sem mandar um grande, grande beijinho :)