(Assim à primeira vista estes quatro textos que se seguem podem parecer um bocadinho extensos. Mas, não é, isto são aquelas coisas que uma pessoa vai pensando e reflectindo, a única diferença é que eu passei algumas dessas mesmas coisas que pensei para aqui, em texto.)
Tem graça, nós quando estamos vivos teimamos em complicar a vida. Gostamos de achar que somos estranhos, que temos muitos problemas, que no fundo somos como fios que se cruzam e entrecruzam, que a nossa vida é como uma espécie de sistema circulatório em que o sangue percorre veias, artérias, capilares, etc... e o coração é a “bomba” principal que o faz circular ( é ele essencialmente vah).
A nossa vida também é assim complexa como a nossa “rede” onde percorre o sangue e a vontade de viver ou a esperança de dias melhores normalmente é a bomba principal.
Eu disse que a vida era complexa! Lá está, até deve ser... mas quando morremos torna-se demasiado simples: Nascido a tal, Falecido a tal. (Com um pouco de sorte talvez ainda se tenha direito a ter uma foto, para que conste para a posterioridade que nós no fundo até éramos umas pessoas apresentáveis!)
Lembro-me desde pequena, quando ia ao cemitério ver o meu pai que por vezes me punha assim a olhar para as campas à volta e pensava cá para mim qual seria a essência de cada corpo que ali estava. Será que aquela pessoa era desta ou daquela forma! Que pessoa estava ali!
Para se ser humano basta ter corpo de Homem, mas para se ser Pessoa é preciso ter alma, a essência. E é isso que eu gosto de descobrir, de adivinhar, de perceber, de desmontar, de tentar perceber... a essência de cada um, aquilo que nos torna únicos. É por isso talvez que gosto tanto de ouvir e de ficar no meu canto a observar... não sei, também isso agora não interessa, mas é um bocadinho desagradável eu diria, negarem-se a possibilidade de ser, ou melhor de ter sido uma Pessoa, quando morrer! Porque todos nós aprendemos uns com os outros, é assim que também nos expandimos mentalmente, e pronto, penso nisso... em tantos pensamentos, tantas idéias, tantas essências que se perderam com os corpos que estão ali a decompor-se... é que ali estão pessoas chiça!
Mas pronto, diz que é assim... é mesmo assim, não há nada a fazer, mas já que têm que nos “resumir” de alguma forma quando morrermos, ao menos que fizessem um “resumo” mais completo loool
Enfim, no que às vezes me ponho para aqui a pensar, tristeza!