sexta-feira, janeiro 30, 2009

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Fala-me do amanhã, do amanhã que me prometeste porque hoje não saberias fazer melhor. Deitas-te o teu cansaço no sofa deixando a marca de um corpo entorpecido pela falta de fé que vestiu. Hoje já não acreditas, amanhã poderei acreditar em ti? Ou, vais esquecer de pôr o relógio da vida a despertar, só para poderes ficar mais um pouco a debruçar-te sobre os teus medos. Eles nem vão desaparecer e tu promestes-te que amanhã ia ser diferente.
Corre o mundo lá fora. Eu já vi mais um dia partir. Quantos amanhãs já partiram na esperança de te ver sorrir.

sexta-feira, novembro 14, 2008

So she dances...


Então eu sonho... Sou pequena. Criança que sorri da eternidade, tão efêmera, como a tristeza... hoje só tenho espaço para o sonho. Brinco sobre nuvens e rio, rio. Deus sabe-me tão bem, perdida. Hoje ele vai querer guardar-me para não cair no abismo de não conseguir sonhar. Ele sabe que tenho o sonho de voar, que o chão da terra às vezes queima os pés, que a liberdade é mais de quem a sonha e nem sempre de quem julga que a tem, ele sabe e eu saberei dele tão bem no meu sorriso.
Então eu danço só para ele e ele faz-me mais leve. Ele saberá devolver-me a vontade de caminhar e fará não me esquecer dos passos... danço em ponta dos pés, mas não saberei desequilibrar-me hoje, só por hoje, vou ser criança, pequena, bailarina da vida e rodopio e dou voltas e voltas sob o espaço que ele me reservou, discreto e fugaz de tempo. Mas eu lembrar-me-ie que hoje é o meu tempo e ele saberá acompanhar a eternidade da minha capacidade de sonhar. Dar-me-á espaço.
Então serei mais eu e ele saberá que sim. Que sonho e sorrio, que rio dos meus sonhos e sonho com um sorriso. Então ele olhará para mim e eu nunca me perderei. Então eu olharei o infinito, na busca de o olhar também e descobrirei que todos nós já perdemos um Deus e o encontramos em nós... ele ainda é criança.

sexta-feira, janeiro 25, 2008

Com o tempo...


Dá-me tempo
Numa pausa
Da vida
Te esquecerei
Num ponto de fuga
Que ainda não encontrei

Deixarei numa ruína
Os estilhaços
Do espelho
Que outrora brilhou
Mostrando
O nosso sonho
Que findou

Ambos partimos
Sem saber
Para onde fomos
Fugazes amantes
Qu’um dia
Fomos

(Enquanto a inspiração pa escrever algo já se foi há muito e uma pessoa desespera com Neuro grrrr... Nc mais chegam as benditas FÉRIAS!)

domingo, dezembro 16, 2007

* Uma homenagem merecida *


Sei duma pessoa
Curiosa pela vida
Que lhe sabe dar
O valor
Que ela precisa

Sendo leve
Não é pequena
Caminha na estrada
Da vida Serena

Sabe que a vida
Tem cores
E dissabores
Brinca com elas
Descobre valores

Tantos valores
Se lhe levantam
Porque pensou
Porque acreditou
Porque viveu

Sempre soube
Que crescer
É viver
Vive para crescer
Cresce por viver



E haveria mais para se dizer de uma pessoa que há medida que conheço melhor se revela com uma alma tão grande capaz de abarcar tantos afectos, tantos conhecimentos sobre si, sobre os outros, sobre as coisas e que tem um sentido tão humano e tão pessoa que se vê em cada minuto que dispensa a quem ouve, escuta, na sensibilidade com que escreve os seus textos, na simplicidade e humildade com que encara a vida com um sorriso (mesmo quando se sente cansada e magoada com algo). É a melhor amiga dela mesma e a melhor amiga que alguém pode ter ;) Trata tão bem dos outros como a si própria =) E não é preciso dizer que estou a descrever a moquinhas, pois não!

quarta-feira, dezembro 12, 2007

Pézinhos de lã... num sonho de veludo


Tão pequena
Que grande se tornará
Alinhavo de esperanças
De quem a sonhará

Dorme frágil
Num embalo de mãe
Que perdeu há muito as horas
No vai e vem
Quente de ternura
Por quem de bem

Ela ainda não sabe
Que nome tem
Dorme no colo
De sua mãe,
Num sonho que não sabe,
Que sonho tem

(A propósito das conversas de MSN com a
mestra moquinhas, este poema que escrevi há já algum tempo, não podia ser mais a propósito... e pronto decidi postar este e não um dos muitos outros poemas que já escrevi e ainda não postei.)

segunda-feira, novembro 26, 2007

Que haveria de dizer...


Nunca falei sobre mim
Porque haveria muito que falar
Tanto como as vezes
Que me desdobrei
Para me encontrar

Já me encontrei perdida
Já me rabisquei no papel
Que não soube desenhar
Envolto na maresia
Do sempre sonhar

Hoje decidi ser eu,
Amanhã também
Entre o incerto
E a certeza
Serei levemente alguém
Num meio de ninguém

Fiel trabalhador
Que chama dono
O viver
Faz das horas
Seu salário
A receber

sábado, novembro 10, 2007


Caminhas a passos largos
Vêm apressados,
Mas não têm pressa
Do meu encontro

Se te encontro
Nem te perco
Nem te deixo
Quero-te apenas junto a mim
Sussurro de um beijo

Foste suave
Qu’inda não foste
Levo-te guardado
Onde estás
No lugar
Que não soube desvendar
Na alegria
De te ver chegar


(Já há bue que ando pa postar os poemas todos que já escrevi, devo ter para ai uns 5 ou 6 que queria postar, mas depois pa não dizerem que sou bruta, que ou me farto de postar ou não posto nada, isto vai assim a conta gotas looool E ah k ir fazendo "render" o peixe loool enquanto não se tem tempo pa escrever mais uns poemazitos, que isto agora de tempo... Ai se eu fosse como Deus, bastava so dizer "DEIXAI VIR A MIM AS CRIANCINHAS" Pronto foi só um desabafo bah)