
Eras importante, não porque me fazias lembrar algum traço fisico meu ou um traço da minha personalidade, mas porque eras tu, a minha pequena caspinha sempre com aquele sorriso inocente de quem não quer crescer. Eu tinha algo teu e tu tinhas algo meu, um coração cheio de amor, carinho e ternura.
Lembro-me das tuas pequenas mãozinhas a segurar um dos dedos da minha mão, dos passeios que dávamos, de te levar ao parque para te empurrar naquele baloiço que tu tanto adoravas e que eu empurrava como se te estivesse a querer ajudar a dar mais um passo na vida; era um avô babado!
Os teus olhinhos pretos não reflectiam a vida, eles eram a própria vida que ameaçava desvanecer-se.
Houve um dia, que te quis contar uma história como fazia todos os dias, mas tu adormeces-te num sonho que a vida não te quis mais embalar...agora, és saudade, um sorriso e uma vida que nunca vou esquecer.
Os outros dizem, pobrezinha, era tão nova, mas não sabem que a idade não se conta no calendário a cada ano que passa, mas em cada momento de vida em que sorrias e seguravas a minha mão, e esses anos foram tão eternos...ainda vivem.
Este texto foi escrito no norte e só pa variar no telemovel!
Quanto ao título, Casa: Cada casa tem os seus pilares, e cada ser humano também. Os nossos pilares são os nossos amigos, a nossa família, o/a namorado/a, que não nos sustentam, mas apoiam a nossa existência, dando um certo sentido a vida mesmo quando esta parece não o ter!
Há pessoas que nos marcam, mesmo não tendo convivido muito com elas. Obrigada a todos os meus "pilares"!